Eu costumo dizer que cada gestação é única.
E quando digo isso, não falo sobre um viés superficial, mas algo realmente muito profundo.
Estar na humanização, buscar a humanização é um movimento que tira da zona de conforto, que exige um senso crítico sobre o que acontece em nosso sistema obstétrico.
Mas não só, exige avaliação dos nossos sistemas sociais e de construção de humanidade, que muitas vezes é fundamentado no ego, medo e tabus.
E vendo uma mulher que lutou, mesmo que sem nem perceber a magnitude de seu movimento, para estar frente a seu parto, é conceder o presente que ela no fundo sempre soube: o conhecimento sobre sua gestação é individual, é única, não vale para todas as gestantes.
CADA MULHER É UM UNIVERSO ÚNICO
Isso porque as experiências e desenvolvimento da gestação tem tudo da sua história (experiencial, física, emocional, psicológica, espiritual, ancestral, social). E esse fato “sua história” se conecta inclusive com o desenvolvimento do bebê (físico, emocional, psicológico…).
Olhar com acolhimento, carinho e amor para essa história que vem em si, seja ela de muita beleza ou de muita luta, sem dúvida faz diferença.
Se entregar à uma gestação não é simplesmente acompanhar metodicamente um pré-natal com seus exames (que é indispensável, claro). É se abrir a olhar para si, sua história, suas relações e formas de ver o mundo.
É uma oportunidade de observar claramente o quais sensações emergem durante esse gestar e ainda, qual a sua origem.
É um exercício profundo.
AO ENTENDER A SUA HISTÓRIA, ENTENDE-SE MUITO DO GESTAR… QUE REFLETE NO PARIR E CONSEQUENTEMENTE, NO PUERPÉRIO (QUE É ONDE OS VÉUS SE DESFAZEM).
Olhar para si mesma e sua gestação de forma única é a chave para uma grande mudança.
Empoderem-se desse momento!
A chave está em vocês, entrar em contato com esse lugar profundo é se conectar com a sua essência de vida.
E preparem-se, pois isso pode significar muitas vezes, romper com crenças que antes nos pareciam verdades.
Tão importante quanto um pré-natal fisiológico, é um pré-natal emocional.
Thaís Jacobsen, Tanuka
Por: Tanuka
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