Existem apenas duas formas de um trabalho de parto ser desencadeado: pela mãe ou pelo bebê. Claro, há fontes que dizem que apenas o bebê pode iniciar o TP, mas eu acredito que ocorre por ambos.
MAS O QUE FAZ COM O QUE TRABALHO DE PARTO COMECE?
Vamos a algumas teorias – nas quais acredito!
O parto desencadeado pelo bebê é completamente fisiológico e ocorre graças à maturidade da criança.
Sabemos que alguns órgãos dos bebês demoram mais do que outros para se desenvolver.
Outros só terminam seu amadurecimento fora da barriga, como a musculatura por exemplo ou a visão. Mas há alguns órgãos que têm sua maturidade atingida muito perto do parto. E acreditamos que isso não ocorre por acaso.
Uma das teorias mais aceitas para o início do TP é o desencadeamento pelo funcionamento pulmonar. Já que o pulmão não está trabalhando dentro do útero e passa a funcionar no momento do nascimento.
Bioquimicamente falando, o que ocorre é que as células pulmonares liberam uma substância que é percebida pelo corpo da mãe, produzindo os hormônios que levam ao nascimento. Isso geralmente ocorre entre 36 e 44 semanas, e é o cenário ideal uma vez que demonstra que o bebê está pronto para nascer.
Já o outro agente desencadeador do trabalho de parto é o corpo da mãe.
O que pode ocorrer por uma patologia (uma infecção no corpo, por exemplo, pode desencadear inclusive um parto prematuro ou a termo, mesmo o bebê não estando totalmente maduro). Ou pode ser por indução, com acupuntura, homeopatia, óleos ou descolamento de membranas. Ou ainda medicação. Veja mais aqui.
A indução ao trabalho de parto – que o desencadeia pelo corpo da mãe – costuma aumentar a chance de outras intervenções para “corrigir” o fato de o TP não ter começado naturalmente, de maneira totalmente fisiológica e coordenada. Quando não há, portanto, uma indicação clínica (VEJA CASOS AQUI), o ideal é apostar na maturidade do bebê.
Os desfechos finais são melhores – para mãe e criança – e com menos intervenções possíveis.
Ou seja, um trabalho de parto, prioritariamente é desencadeado pelo bebê. Quando este demonstra sua maturidade. Que é quando os pneumocitos tipo II, perdem uma camada que recobre suas células, em forma de tensão superficial. Com isso, sufactante é liberado e reconhecido pelo organismo materno, que entende que o bebê está pronto para nascer, dando início aos processos hormonais que iniciam e fazem parte do trabalho de parto.
Esse é o modo mais natural e esperado. Por isso também vale o acompanhamento do pré natal, para que possíveis patologias maternas (como infecção urinária), sejam prevenidas evitando um parto prematuro iniciado pelo corpo materno, como forma de defesa e proteção.
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