A Versão Cefálica Externa, ou VCE, é uma manobra feita manualmente pelo obstetra.
Esta é realizada para tentar “virar” um bebê que está em posição pélvica (sentado) ou transverso (atravessado) para a posição cefálica (de cabeça para baixo), aumentando assim as chances de um parto normal.
O PROCEDIMENTO É SEGURO, RECOMENDADO PELA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE E SEUS BENEFÍCIOS SÃO INEGÁVEIS:
um parto pélvico atendido por uma equipe experiente tem em torno de 45% a 50% de chance de ser normal.
Quando a VCE é bem-sucedida, essa chance aumenta para 70% – distante do 95% de chances de um bebê naturalmente cefálico apenas pela maior dificuldade no encaixe correto.
É importante dizer que a VCE é contra-indicada em alguns casos específicos de gestantes de alto risco ou bolsa rota.
O risco da manobra é muito baixo – 0,2% de descolamento de placenta, por exemplo, que seria o caso mais grave!
Dentro desse baixo risco, o que poderia ocorrer é: descolamento de placenta, rotura da bolsa e compressão do cordão, mas como disse, as chances de ocorrer são bastante baixas.
Em geral, a cada quatro gestações pélvicas submetidas à VCE, três viram. Alguns fatores contribuem para a taxa de sucesso:
a quantidade de líquido amniótico,
a posição do bebê (se está ou não com as pernas dobradas),
a placenta em localização posterior.
A manobra pode ser desconfortável e dolorosa, e pode causar contrações, por esse motivo, em alguns casos é utilizada anestesia e realizada sempre no hospital.
Além da VCE, é possível recorrer também a alguns exercícios e à acupuntura para tentar que o bebê se vire naturalmente antes do parto pélvico.
Esse vídeo ilustra bem como funciona a VCE:
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