A HUMANIZAÇÃO
A humanização é o conceito atribuído ao movimento que visa resgatar em nossa sociedade moderna, as condições próprias do ser humano, que acabaram, dependendo da linha que se segue, sendo esquecidas.
O movimento da humanização está em tudo.
É relacionado ao resgate do respeito, acolhimento,
privacidade, compartilhamento de informações reais e a
segurança. É uma busca por uma sociedade onde existe mais ajuda, colaboração e proximidade.
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Quando falamos em humanização do parto, é simplesmente atribuir essas características do ser humano ao atendimento. É respeitar a gestante e parturiente, empoderando-as de sua gestação e parto, vendo cada uma como um único indivíduo, com suas
particularidades e história de vida.
Um dos pontos chave é a autonomia da mulher. É o fato dela ter suas escolhas
respeitadas, ter informação para embasar o seu caminho, ter sua privacidade e participar de cada passo do processo.
Junto a isso, vem a segurança, que está ligada à estudos de medicina baseada em
evidências, que nos dá respaldo para atuar de uma forma comprovadamente mais segura. É observar a naturalidade e a normalidade, utilizando da tecnologia para intervenções
exclusivamente quando necessário.
O terceiro ponto no tripé da humanização é transdisciplinaridade, com atendimento 24h por dia, seja em formato de plantão do SUS, de convênio ou de uma equipe
particular.
A transdisciplinaridade é a instesecção de funções entre alguns profissionais, como por exemplo, o médico obstetra, a enfermeira obstetra e a obstetriz, ou o médico pediatra neonatologista e a enfermeira neonatal. E uma outra transdisciplinaridade, que não é algo estabelecido ainda, mas eu defendo e acredito, é entre a doula e o anestesista. Isso porque a doula da o suporte físico/emocional, além de utilizar métodos não
farmacológicos para alívio da dor, enquanto o anestesista é responsável por ministrar a analgesia ou a anestesia.
A transdisciplinaridade é importante para que o atendimento aconteça 24h por dia, com qualidade, promovendo a integração dos profissionais, cada um em sua área, trocando informações e acompanhando cada mulher de forma única.
Para mim, a autonomia/protagonismo feminino, segurança e transdisciplinaridade é o tripé e elo que sustentam o movimento pela humanização do parto.
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