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SOBRE A EPISIOTOMIA




A episio, como é abreviadamente chamada, é um corte vaginal realizado a 45 graus durante o parto, pouco acima da cúpula da vagina.


Foi criado por duas motivações básicas: com a intenção de evitar uma laceração perineal grave, ou de terceiro grau – quando une ânus e vagina; e para a abreviação, aceleração do parto.


Mas em que momento a episio passou a ser adotada como procedimento de rotina em todos os partos?


Apesar de ser um procedimento que vem da Idade Média… Nas décadas de 40 e 50 registrou-se um grande aumento de episiotomias. Difundidas como um procedimento padrão, ainda que sem respaldo científico sobre sua real necessidade em todos os casos.


Naquela época, abreviar o parto era uma questão de segurança, porque não se sabia quanto tempo o bebê poderia ficar no canal de parto sem correr riscos. Partia-se do pressuposto que quanto mais rápido terminasse o parto, melhor.


E então entraram na rotina a ocitocina, a manobra de kristeller, os puxos dirigidos… Tudo isso, é claro, acelerava os partos. Mas também aumentava a chance de lacerações. A episio chegou, portanto, com a função de proteger o períneo.


O QUE NÃO SE FALAVA ERA QUE AS LESÕES SURGIAM JUSTAMENTE POR CAUSA DOS PROCEDIMENTOS USADOS PARA ACELERAR O PARTO


Hoje já sabemos que as coisas não devem ser assim. Sabemos, primeiro, que o parto não precisa ser acelerado a não ser que haja uma indicação muito específica.

Sabemos também que quando tiramos essas intervenções, reduzimos também a necessidade chance de laceração. Sem contar que uma laceração natural é por si só bem menor do que a laceração causada pela episiotomia.


E sabemos, mais ainda, que é possível recorrer à preparação perineal com fisioterapia. Seja com massagem ou utilização do balão durante a gestação. Isso aumentando a elasticidade, alongamento e força da região.


Quando um parto acontece em meio a uma série de intervenções que vêm antes da episiotomia, sim, o corte pode funcionar como uma proteção ao períneo. Já que estamos falando de um parto tradicional.


Há trabalhos que apontam para a extinção da episiotomia, que é em que eu acredito! Isso porque existem registros de laceração em cerca de 30% das mulheres, mas a imensa maioria delas têm lesões menores do que a que seria causada pela própria episio – que por si só já seria uma laceração de categoria 2. A episio, portanto, não se justifica.


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